Advogados de oito condenados por envolvimento no mensalão entraram nesta terça-feira, 15, no Supremo Tribunal Federal (STF), com novos recursos - embargos de declaração - em que pedem redução das penas, perdão judicial e novo julgamento, mesmo sem os quatro votos divergentes considerados necessários pelo regimento do tribunal.
O ex-dirigente do Banco Rural Vinicius Samorano pediu ao Supremo para ter direito a novo julgamento. Condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta, Samarane teve três votos por uma pena menor contra quatro que definiram uma pena maior. Com essa diferença apertada, ele pede novo julgamento. O regimento interno do STF, no entanto, determina que para ter revisto o julgamento, é preciso que haja quatro votos divergentes.
Além dele, recorreram nesta terça ao STF os deputados Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP), os ex-deputados Pedro Correa, José Borba, Jacinto Lamas, Bispo Rodrigues e Roberto Jefferson. Todos pedem redução das penas. Jefferson voltou a pedir perdão judicial por ter contribuído com as investigações.
Leia mais:
CCJ da Câmara dos Deputados aprova impressão e recontagem de votos
CCJ aprova projeto que restringe uso de celular em escolas
Entenda como funciona a fraude de transferência em massa de títulos de eleitor entre cidades
Lei de IA é aprovada no Senado com previsão de remuneração de direitos autorais
Outros réus com direito a novo julgamento, como o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o empresário Marcos Valério têm até o dia 11 de novembro para protocolar os embargos infringentes.