O senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato do partido à Presidência da República, afirmou nesta quarta-feira que o projeto que inibe a criação de novos partidos é um casuísmo que atende apenas ao interesse da reeleição da presidente de Dilma Rousseff. Para ele, foi uma "confissão de enorme temor" da disputa em 2014 o fato de o PT ter fechado questão a favor da votação da proposta.
Pouco antes, o líder do PTB no Senado, Gim Argello (DF), apresentou um pedido de urgência para que a votação do projeto de lei seja apreciada diretamente em plenário, sem a necessidade de passar pelas comissões temáticas da Casa. Ainda não há uma decisão da Mesa do Senado se o requerimento será apreciado ainda hoje.
"O governo teme um embate, é uma presidente da República que atropela a agenda do País para se dedicar única e exclusivamente à agenda eleitoral e submete esta Casa a este momento vexatório", tucano. Para ele, a proposta não é contra a criação de um "partido político" ou uma "pretensa candidatura". "É uma violência contra a democracia", destacou.
Leia mais:
ONU aprova conferência para discutir criação de Estado palestino
Argentina anuncia reforma migratória que pode afetar brasileiros no país
Vereadores de Londrina apresentam seis emendas ao orçamento do Município
Câmara de Cambé poderá aumentar número de cadeiras a partir de 2029
A proposta, cuja votação na Câmara dos Deputados foi concluída nesta terça, 23, é tida como uma tentativa de prejudicar a candidatura de prováveis adversários da presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014.
Aécio classificou a eventual aprovação do regime de urgência de "violência regimental" e "violência política" que o governo não precisaria cometer. Ele se solidarizou com Marina Silva. "Quero prestar aqui de público a minha solidariedade, meu respeito e minha admiração pela companheira Marina Silva, que luta e luta bravamente com as suas poucas forças estruturais, mas com enorme força moral para construir uma alternativa para o País. Mas se isso (o projeto que inibe) busca afetá-la, só irá fortalecê-la", destacou.