O senador tucano Aécio Neves (MG) rebateu nesta quarta-feira, 18, a presidente Dilma Rousseff e disse que as coisas boas do atual governo "serão não só mantidas, como aperfeiçoadas no futuro governo do PSDB". Na manhã de hoje, a presidente ironizou o discurso que o senador tem adotado e afirmou ser bom ver que o PSDB reconhece o valor de programas como o Bolsa Família e o Mais Médicos.
Aécio sugeriu que Dilma, "que anda adepta das redes sociais", conferisse um vídeo na internet. "Sugiro que ela vá la no YouTube e veja debate do segundo turno das eleições de 2002. Vai ver que foi exatamente o seu tutor, o presidente Lula, que chamou os programas de transferência de renda de Bolsa Esmola, ao contrário do que ela disse, se referindo ao Bolsa Escola e ao Bolsa Alimentação, que na verdade, foram a matriz do Bolsa Família", alfinetou o tucano.
O senador defendeu o PSDB na votação do programa "Mais Médicos". "A presidente se equivoca dizendo que votamos contra o Mais Médicos. Votamos a favor, mas buscamos aprimorá-lo, o que infelizmente não conseguimos fazer. Mas faremos isso no governo do PSDB", disse o senador.
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Aécio voltou a criticar o fato de os médicos cubanos trazidos ao Brasil por meio do programa Mais Médicos receberem salários menores que os demais estrangeiros. "O que não ocorrerá num governo do PSDB é o financiamento de um regime autoritário com recursos do Tesouro, a pretexto de garantir recursos para um programa social", finalizou.
Petrobras
Provável candidato do PSDB à Presidência no ano que vem, Aécio disse que a "reestatização" da Petrobras, termo que passou a fazer parte de seus discursos especialmente em encontros com empresários, é necessária para que a estatal deixe de ser "um instrumento para fazer frente à incompetência do governo em controlar a inflação". "É a profissionalização da Petrobras, de novo a meritocracia comandando a Petrobras, a Eletrobras, as principais empresas públicas".
Segundo o presidenciável, o uso que o governo tem dado à Petrobras tem sido perverso com os brasileiros e seus acionistas e "tem tirado a empresa de ser o grande instrumento de desenvolvimento econômico do Brasil". "Esse governo a transformou na empresa não financeira mais endividada do mundo, tendo seu endividamento triplicado, perdendo seu valor de mercado. Começa a acontecer o inimaginável: a atrasar o pagamento de fornecedores", afirmou o senador.