Alexandre Kalil (PHS) tomou posse na tarde de hoje (1°) como novo prefeito de Belo Horizonte, juntamente com seu vice Paulo Lamac (Rede). Também foram empossados os 41 vereadores que irão compor a Câmara Municipal pelos próximos quatro anos. A cerimônia teve início às 14h no Teatro Francisco Nunes, no centro da capital mineira.
Em seu discurso, o novo prefeito declarou estar firme e obstinado para cumprir as promessas que apresentou durante a campanha. Ele disse que pretende governar com todos os vereadores, mas fez uma cobrança direta aos novos integrantes do legislativo. "Governar para quem precisa é governar abrindo mão de cargos, empregos e gastos desnecessários. (...) Todo o dinheiro dessa prefeitura não será canalizado para troca de favores. Então eu peço aos vereadores muito juízo. Todos nós precisamos de muito juízo. Nós vamos reformular a política dessa cidade", disse.
No mês passado, Kalil anunciou seu secretariado. Sua gestão terá uma redução de 22 para 13 secretarias. Entre os nomes de primeiro escalão, estão pessoas com quem ele trabalhou no Atlético-MG, clube que presidiu entre 2008 e 2014. O atual presidente da agremiação, Daniel Nepomuceno (PPS), será secretário de Desenvolvimento.
Leia mais:
Deputados paranaenses confirmam emendas para o Teatro Municipal de Londrina
Bolsonaro é plano A, posso ser o plano B, diz Eduardo sobre eleição de 2026
Comissão de Constituição e Justiça aprova projeto que transforma Detran em autarquia
Plano de precatórios garante economia milionária para Londrina
Apesar das críticas à atual gestão, Josué Valadão foi mantido no comando da pasta de Obras e Infraestrutura. A urbanista Maria Fernandes Caldas, ex-diretora do Ministério do Planejamento durante a presidência de Dilma Rousseff (PT), ficará na Secretaria de Serviços Urbanos. E há também nomes que trabalharam com o ex-governador mineiro Antônio Anastasia (PSDB), como o sociólogo Cláudio Beato, que assume a pasta da segurança pública.
Kalil foi eleito prefeito com 52,98% dos votos válidos no segundo turno, superando o deputado estadual João Leite (PSDB). "A população deu uma resposta contundente nas urnas, elegendo um prefeito que nunca havia participado de uma eleição e reformando em 60% a câmara dos vereadores", afirmou, arredondando o número. A taxa de renovação no legislativo municipal foi, na verdade, de 56%.
O novo prefeito disse ainda que tem muitos defeitos e poucas qualidades, mas que entre elas estão a palavra e a lealdade. Durante o discurso, um grupo de presentes na cerimônia gritou palavras de ordem pedindo a Kalil para não despejar a Ocupação Izidora, na região norte da cidade, e para revogar o aumento das passagens de ônibus. Na semana passada, a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) anunciou que as tarifas saltarão de R$3,70 para R$4,05 a partir do dia 3 de janeiro.
Cobrança
Kalil seguiu para a cerimônia de transferência do cargo na prefeitura de Belo Horizonte, com a presença de Márcio Lacerda (PSB), que terminou seu mandato ontem (31). O governador mineiro Fernando Pimentel (PT) também compareceu, mas não discursou e nem falou com a imprensa.
Em mais um breve discurso, Kalil disse que sua equipe pode falhar, mas irá tentar fazer o melhor. Aproveitando a presença de Pimentel, ele cobrou a atenção. "Precisamos do governo. Precisamos muito. Sabemos da crise que o estado passa, mas sabemos também da importância dessa que é a terceira maior capital do país".
Vereadores
Os 41 vereadores eleitos também tomaram posse após prestarem juramento lido por Áurea Carolina (PSOL), a mais votada. Após a cerimônia, teve início a eleição da nova mesa diretora. O novo presidente da Câmara Municipal irá substituir Henrique Braga (PSDB). Ele ocupava o cargo desde o início de dezembro, quando o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) suspendeu o mandato de vereador do então presidente Wellington Magalhães (PTN).