As negociações para acomodar aliados do governo federal em embaixadas brasileiras no exterior continuam aceleradas.
O Palácio do Planalto, no entanto, mantém um acordo com o Ministério das Relações Exteriores em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comprometeu a não usar a cota pessoal de indicações políticas na América Latina.
As representações do Brasil nos países latinos são consideradas postos estratégicos pelo Itamaraty, não só pela proximidade física como pela decisão de investir na consolidação do Mercosul.
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O senador Álvaro Dias (PDT-PR) deve ser o próximo político a ser agraciado com o cargo de embaixador.
Para tirá-lo do PDT de Leonel Brizola, agora um partido de oposição ao Planalto, o governo oferece ao senador uma embaixada, possivelmente a da Romênia.
E o faz ao mesmo tempo em que o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, trabalha para filiar o senador Osmar Dias (PDT), irmão de Álvaro Dias.
Esta operação política tem dupla serventia.
É útil ao governo, na medida em que engorda a base de apoio no Senado, e ao PMDB, que se prepara para trazer de volta ao partido o suplente de Álvaro Dias, Olivir Gabardo, caso a negociação seja bem sucedida.