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Alvaro e Osmar estudam propostas para mudar de partido

Redação - Folha do Paraná
22 jun 2001 às 18:56

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Os senadores paranaenses Alvaro e Osmar Dias, ambos do PSDB, devem passar os próximos dois meses mantendo contatos e avaliando convites de diversos partidos antes de decidirem em que legenda vão se alojar. A estratégia permite que os senadores valorizem o passe enquanto não decidem qual é o destino partidário mais conveniente a seus planos políticos.

O presidente nacional do PSDB, deputado José Anibal (SP), quer expulsá-los porque eles assinaram o requerimento de criação da CPI da Corrupção, para investigar o presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O partido fechou questão contra a CPI, mas mesmo assim os irmãos Dias se recusaram a retirar as assinaturas alegando que um partido que prega a ética e a moralidade deveria apoiar a instalação da CPI.

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Alvaro, presidente estadual do PSDB e candidato declarado ao governo do Estado, admite deixar o partido. Depois da reunião com a executiva estadual, Alvaro disse que vai esperar a confirmação oficial da cúpula tucana, na reunião da executiva nacional marcada para terça-feira. "Qualquer medida que implique em desabonar uma atitude correta implica na decisão radical de deixar o partido", declarou. A executiva pode decidir ainda intervenção no diretório estadual.

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Osmar está decidido a sair do ninho tucano. Disse que não toma nenhuma decisão antes de agosto. "Eu saio porque já fiquei tempo demais nesse partido". Não é a primeira vez que Osmar sai do PSDB. Ele está na sigla desde 1995. Em fevereiro de 96 saiu da legenda, porque assinou a CPI do Sistema Financeiro e do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia). Houve retaliações por conta do episódio, e ele ficou um ano sem partido. Voltou em fevereiro de 97.

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O senador preferiu não adiantar para que partido pretende ir. Tem convites do PDT, PT, PMDB, PTB. Pode optar pelo PDT e compor chapa com o PMDB, seu antigo partido. A princípio, o candidato do PMDB à sucessão do governador Jaime Lerner (PFL) é o senador Roberto Requião. Osmar tem afirmado que sua intenção é buscar a reeleição no Senado. Entretanto, tem apoio nos bastidores para concorrer à chefia do Executivo.


Alvaro, que já foi governador do Paraná, também analisa convites. Ontem, foi convidado pelo presidente nacional do PL, deputado federal Waldemar Neto (SP), a ingressar no partido.

Osmar admite que pode escolher um partido diferente do de Alvaro, mas garante que o projeto será o mesmo e que eles vão dividir o mesmo palanque. Ficou irritado quando membros da executiva cogitaram a possibilidade dele escolher outro partido e concorrer contra o irmão ao governo estadual. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o prazo para mudar de partido é um ano antes das eleições, ou seja, 6 de outubro deste ano.


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