O vereador Amauri Cardoso disse que uma crítica às blitze em unidades públicas de saúde que expõem equipes médicas, durante a 14ª Conferência Municipal de Saúde, deflagrou o desentendimento que o levou a atingir o deputado federal Emerson Petriv, o Boca Aberta (Pros) na manhã deste sábado (23).
Após o episódio, Amauri seguiu para a CML (Câmara Municipal de Londrina), acompanhado de seu advogado, onde disse que vai entrar com medida protetiva contra o deputado. Ele disse que não teme punição no Legislativo londrinense e afirmou que está indignado com o que ocorreu.
Assista a um trecho da entrevista coletiva:
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Ele disse que representava a Câmara de Londrina na conferência e, durante sua fala, disse que, assim como os professores são importantes para a educação, também os médicos são para a área de saúde.
Neste contexto, criticou uma blitz feita em uma unidade de saúde em Jataizinho (Região Metropolitana de Londrina), feita pelo deputado federal, mesmo sem citar seu nome, e defendeu a elaboração de uma moção de repúdio contra o ato. A ação do deputado já foi alvo de uma moção de repúdio por parte do Sindmed (Sindicato dos Médicos do Norte do Paraná).
Ao sair da conferência, Amauri disse ter sido abordado por Boca Aberta e seus assessores, que passaram a filmá-lo e agredi-lo verbalmente. Amauri argumenta que o deputado chegou a tocá-lo e, neste momento, num reflexo, acertou o soco.
Após a agressão, o vereador tentou deixar o local, em um veículo dirigido pelo também vereador Emanoel Gomes (PRB). Neste momento, segundo Amauri, Boca Aberta o prendeu em uma "gravata", empurrou seu rosto contra o carro, machucando os lábios, e pressionou sua cabeça com a porta do veículo.
Amauri disse que fez boletim de ocorrência e exame no IML (Instituto Médico Legal) e que vai entrar com medidas legais contra o deputado. Ele também disse que errou ao agredir Boca Aberta e desculpou-se com seus eleitores, pedindo "empatia". "Imaginem como reagiriam sendo atacados", comparou.
(Com informações de Isabela Fleischmann)