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Período tortuoso

Atos esvaziados pelo país celebram golpe de 64 e pedem intervenção militar com Bolsonaro

Folhapress
31 mar 2021 às 15:41
- Evandro Teixeira/ Arquivo Folha
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Pequenas manifestações em capitais do país celebraram nesta quarta-feira (1º) o golpe militar de 1964 e saíram em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), símbolo do saudosismo da ditadura (1964-1985). Houve atos em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, por exemplo.

Em São Paulo, o ato ocorreu por meio da Marcha da Família Cristã pela Liberdade, convocada por apoiadores de Bolsonaro. A concentração ocorreu em frente à paróquia Imaculada Conceição, de onde os manifestantes saíram em caminhada até a frente da sede do Comando Militar do Sudeste, no Ibirapuera.

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Com roupas em verde e amarelo, os manifestantes pediam principalmente "intervenção militar com Bolsonaro no poder". Alguns se ajoelharam em frente à sede militar, enrolados em bandeiras nacionais.

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O regime militar enaltecido nos atos desta quarta-feira teve uma estrutura dedicada a tortura, mortes e desaparecimento.
Os números da repressão são pouco precisos, uma vez que a ditadura nunca reconheceu esses episódios. Auditorias da Justiça Militar receberam 6.016 denúncias de tortura. Estimativas feitas depois apontam para 20 mil casos.

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Presos relataram terem sido pendurados em paus de arara, submetidos a choques elétricos, estrangulamento, tentativas de afogamento, golpes com palmatória, socos, pontapés e outras agressões. Em alguns casos, a sessão de tortura levava à morte.


Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) listou 191 mortes e o desaparecimento de 210 pessoas. Outros 33 desaparecidos tiveram seus corpos localizados posteriormente, num total de 434 pessoas.


Um dia antes, em nota alusiva ao golpe militar de 1964, o recém-anunciado ministro da Defesa, general da reserva Walter Braga Netto, disse que o episódio que instalou a ditadura militar (1964-1985) é "parte da trajetória histórica" do Brasil.
"O movimento de 1964 é parte da trajetória histórica do Brasil. Assim devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos daquele 31 de março", escreveu o general na Ordem do Dia, documento em alusão ao golpe.

Segundo Braga Netto, "a Marinha, o Exército e a Força Aérea acompanham as mudanças, conscientes de sua missão constitucional de defender a Pátria, garantir os Poderes constitucionais, e seguros de que a harmonia e o equilíbrio entre esses Poderes preservarão a paz e a estabilidade em nosso país".


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