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Sanguessuga

Auditores da CGU analisarão documentos apreendidos

Redação - Bonde
05 mai 2006 às 12:49

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Três auditores da Controladoria-Geral da União estão em Cuiabá (MT) para ajudar a Polícia Federal na análise de documentos apreendidos na Operação Sanguessuga. Deflagrada nesta quinta-feira(4), a operação prendeu 50 pessoas, incluindo funcionários da Câmara dos Deputados e do Ministério da Saúde e dois ex-deputados federais: Ronivon Santiago (PP-AC) e Carlos Rodrigues (PL-RJ) – conhecido como Bispo Rodrigues –, que se apresentou à PF. As prisões ocorreram nos Estados de Mato Grosso, Goiás, Acre, Paraná e Amapá e no Distrito Federal. A quadrilha teria movimentado R$ 110 milhões entre 2001 e 2005.

No Paraná, foram expedidos dois mandados de prisão para empresários do ramo de veículos. Na manhã de ontem, foi preso Adalberto T. Neves, de 35 anos, em sua residência em Curitiba. Até 19 horas de ontem, a PF ainda não havia cumprido o outro mandado. Os empresários teriam cometido crime contra a ordem tributária, fraude em licitações relacionadas à compra de ambulâncias para prefeituras, além de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

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O controlador-geral da União, Jorge Hage, explicou que os auditores vão trabalhar nos documentos durante quinze dias, prazo final para o inquérito dos indiciados. As conclusões serão incluídas no inquérito e a controladoria irá produzir relatório, a ser encaminhado ao Ministério da Saúde, órgão responsável pela compra das ambulâncias.

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"Estamos atendendo ao pedido feito pelo delegado da Polícia Federal e enviamos para Cuiabá alguns analistas para, não só ajudar na identificação da documentação que foi apreendida com essas buscas e apreensões, como também na análise dessa documentação. É nessa etapa que estamos trabalhando em conjunto com a Polícia Federal", afirmou Hage.


A operação Sanguessuga abriu mais de 140 inquéritos sobre 76 municípios, envolvendo mais de mil ambulâncias, que custavam em média R$ 100 mil. A quadrilha atuava em três frentes: junto às prefeituras para fraudar licitações, no Congresso Nacional para elaborar emendas parlamentares e no próprio Ministério da Saúde para liberação de recursos.

Informações da ABr, Agência Estado e Folha de Londrina


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