Durante a Conferência da Paz da Câmara Municipal de Londrina, o prefeito Barbosa Neto (PDT) concedeu entrevista coletiva e afirmou que não pediu a compra da coleção dos livros "Vivenciando a Cultura Afro-brasileira e Indígena", investigado pela Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Educação.
Após o depoimento do ex-secretário, Marco Cito, na última segunda-feira (28), o presidente da CEI, vereador Rony Alves (PTB), informou que a testemunha disse que Barbosa assinou o documento de inexigibilidade dispensando a licitação.
Na sala de reuniões, ao lado do plenário, ocorre na tarde desta quarta-feira (30) a oitiva da ex-secretária de Educação, Karin Sabec. No intervalo do depoimento, Alves informou que ela responsabilizou o ex-secretário de Planejamento, Fábio Góes, que atuaria em nome do prefeito. O pedetista preferiu não comentar o assunto, alegando que foi informado do conteúdo do depoimento pela imprensa. "Não tive acesso a esse processo (de compra), mas não posso condenar nem o Fabio Góes e nem a Karin", esquivou-se. Sobre a assinatura da dispensa de licitação, Barbosa disse que não se lembra, já que assina vários documentos todos os dias.
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Barbosa Neto afirmou que não participa dos processos de compras nas secretarias municipais e comentou que foi um "progresso" a aquisição da coleção no Ano Internacional da Consciência Afro. "Infelizmente, houve problemas que estão sendo apurados. A própria Controladoria fez o seu papel. Se houvesse alguma responsabilidade do próprio prefeito, a Controladoria já teria feito esse apontamento", avaliou.
De acordo com ele, o material seria importante para diminuir o preconceito racial na cidade. Barbosa ainda desmentiu a suspeita de que o Município abriu mão de um desconto de 18% na compra da coleção. "Visando a economicidade, a prefeitura agiu de forma correta e obteve os descontos para o bem dos cofres públicos municipais", respondeu.