O ex-prefeito Barbosa Neto (PDT) foi ouvido na 3ª Vara Criminal de Londrina nesta segunda-feira (15) no caso em que é acusado de participar do esquema de oferta de propina ao vereador Amauri Cardoso (PSDB). Aliados do pedetista teriam oferecido R$ 40 mil para que o parlamentar votasse contra a abertura da chamada Comissão Processante (CP) da Centronic, a que cassou o mandato de Barbosa na Câmara. O ex-prefeito voltou a negar que participou do esquema. "Essa tese já caiu. Os outros depoimentos atestam a nossa inocência. Continuo acreditando nas versões que foram apresentados pelos ex-secretário. Isso foi uma armadilha montada contra os membros da nossa administração", disse em entrevista à rádio CBN Londrina.
Também foi ouvido nesta segunda-feira o advogado João Neto, que faz parte da assessoria jurídica da Sercomtel. Outras duas testemunhas foram dispensadas. A ação foi protocolada na Justiça após o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) ter flagrado, em maio, o repasse de dinheiro ao vereador Amauri Cardoso. Foram presos, na época, o ex-secretário Marco Cito, o empresário Ludovico Bonato, o ex-chefe de gabinete da prefeitura, Rogério Ortega, e ex-diretor da Sercomtel, Alysson Tobias de Carvalho, e o vereador Eloir Valença. Todos foram denunciados por corrupção e formação de quadrilha. O ex-presidente da telefonia, Roberto Coutinho, também acabou denunciado, apesar de não ter sido preso.
Todos os réus foram até a audiência desta segunda-feira na 3ª Vara Criminal. O advogado Maurício Carneiro, que representa alguns deles, solicitou o acesso às gravações feitas durante as investigações. Ele também quer a revisão da determinação que impede os réus de exercerem cargos públicos. O juiz Katsujo Nakadomari aceitou o pedido do advogado, com o aval do Ministério Público.
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A próxima audiência foi marcada para novembro, quando o juiz vai ouvir os réus no processo. A decisão deve ser divulgada até o final deste ano. (com informações da rádio CBN Londrina)