Na quarta, 18 ministros tomaram posse e listaram suas prioridades. Um dos pilares do novo governo, o economista Paulo Guedes defendeu a criação de um imposto único, carga tributária de 20% e falou sobre a necessidade de aprovar a reforma da Previdência. "Vamos na direção da liberal democracia, vamos abrir a economia, simplificar impostos, privatizar, descentralizar recursos para Estados e municípios", disse Guedes, em discurso interrompido diversas vezes por aplausos da plateia.
Por sua vez, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou que pretende aprovar leis mais duras contra o crime organizado. "O brasileiro, seja qual for a sua renda tem o direito de viver sem medo da violência e sem medo de ser vítima de um crime, pelo menos nos níveis epidêmicos atualmente existentes", afirmou ao assumir o cargo.
No ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a ministra Tereza Cristina informou que um conselho interministerial tratará da questão das terras indígenas. Em sua fala, a deputada federal e um dos principais nomes da bancada ruralista afirmou que a ideia será discutida na Casa Civil. A ministra falou ainda sobre o tabelamento do frete rodoviário e destacou a necessidade de diálogo com os países árabes para a manutenção e elevação dos laços comerciais. A eventual transferência da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém pode desagradar o grupo.
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Na pasta das Relações Exteriores, o ministro Ernesto Araújo criticou o globalismo, afirmou que pretende reorientar a atuação do País na Organização das Nações Unidas (ONU) e disse que o País não pode ser mais passivo na diplomacia. Araújo prometeu, ainda, transformar as embaixadas em "escritórios comerciais" do Brasil no exterior.