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Bolsonaro retira indicação de Crivella para embaixada do Brasil na África do Sul

Ricardo Della Coletta/Folhapress
29 nov 2021 às 10:36
- Fernando Frazão/Agência Brasil
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Quase seis meses após indicar o ex-prefeito Marcelo Crivella para a embaixada do Brasil na África do Sul, o governo Jair Bolsonaro retirou oficialmente o pedido de designação junto às autoridades sul-africanas.


A indicação de Crivella -bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus- dependia do aval do governo da África do Sul, o que não ocorreu. O chamado pedido de agrément, consulta formal em que o Brasil pediu autorização de Pretória para nomear Crivella embaixador, foi ignorado pelo governo liderado por Cyril Ramaphosa.

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Na linguagem diplomática, um agrément que fica sem resposta significa que o escolhido não foi aceito pelo país anfitrião.

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Diante disso, o Brasil comunicou a chancelaria sul-africana que decidiu retirar o pedido de agrément. De acordo com interlocutores, não foi enviado pedido de agrément para um novo embaixador.

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A escolha de Crivella para chefiar a missão diplomática na África do Sul foi costurada como um agrado de Bolsonaro à Igreja Universal. O grupo religioso vinha se queixando do pouco empenho do governo Bolsonaro na defesa dos interesses da Universal em países africanos, principalmente em Angola.


A Universal angolana vive um racha. Religiosos locais se rebelaram e passaram a acusar lideranças brasileiras de crimes financeiros.

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De acordo com interlocutores, a resistência da África do Sul em dar luz verde para Crivella tem relação com a situação em Angola e Moçambique. As autoridades dos dois países fizerem chegar a Pretória o receio que o ex-prefeito do Rio transformasse a missão diplomática num posto avançado da Universal no território africano.


Ao longo dos últimos meses, foram feitas tentativas diplomáticas de convencer os sul-africanos a aceitar Crivella. Sem sucesso.

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Em 7 de outubro, numa chamada telefônica mantida fora da agenda, Bolsonaro fez um apelo direto a Ramaphosa pela aceitação de Crivella.


O líder sul-africano deu uma resposta evasiva e disse que a decisão sobre Crivella caberia ao seu ministério das Relações Internacionais e Cooperação.


O posicionamento de Ramaphosa foi lido no Itamaraty como o mais forte sinal de que o nome de Crivella enfrentava fortes objeções.


Com a designação bloqueada, a embaixada do Brasil na África do Sul pode permanecer sob o comando de um encarregado de negócios. Isso porque o embaixador Sérgio Danese, que comanda o posto, foi designado como novo chefe da missão diplomática do Brasil em Lima (Peru).

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