O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse que planeja aumentar em mais de seis vezes o consumo de etanol (álcool combustível) de seu país até 2017, passando dos atuais 20 bilhões de litros anuais para 132 bilhões.
Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva num terminal da Transpetro, em Guarulhos (Grande São Paulo), Bush fez um discurso que enfatizou as vantagens do etanol, a necessidade de proteger o meio ambiente e as vias de cooperação com o Brasil.
Uma das possibilidades mencionadas foi na área de pesquisa. Bush elogiou os acadêmicos dos dois países e afirmou que eles podem trabalhar conjuntamente no desenvolvimento de tecnologia de biocombustível. Contou também que pediu ao Congresso a aplicação de US$ 1,6 bilhão a mais nos próximos dez anos em pesquisas na área.
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O presidente mencionou também a relação com países pobres, citando especificamente a América Central. "Quero colaborar com o Lula para fazer com que a América Central aumente sua independência do petróleo e se torne auto-suficiente em energia".
Bush disse que "os EUA podem colher benefícios com outras fontes de energia" e pediu que a população norte-americana não tenha medo da mudança. Para tranqüilizar os conterrâneos, mencionou um de seus mais tradicionais bens de consumo. Lembrou que já existem carros adaptados às fontes alternativas de energia nos EUA.
O presidente norte-americano, que até hoje não assinou o Protocolo de Quioto (que visa reduzir as emissões de gases poluentes), afirmou que é necessário ser "bom gestor do meio ambiente". E mencionou também a questão da segurança para justificar o interesse pelo etanol: "Quando se é dependente de petróleo estrangeiro, temos em mãos um problema de segurança nacional".
Lula discursou antes de Bush e falou em convencer o mundo a mudar a matriz energética. Leia ao lado.