No dia em que serão eleitos os integrantes da comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff, deputados já começam a movimentar os corredores e o Salão Verde da Câmara. A sessão do plenário será aberta por volta das 10h, mas não há perspectiva de que a votação seja iniciada nesta manhã, já que os partidos têm até meio dia para indicar os membros para a comissão.
As 14 urnas que serão usadas para a votação estão instaladas e a equipe de limpeza já prepara o plenário para a sessão. Na reunião de dezembro, em que foi escolhida uma chapa para compor a comissão - mas acabou anulada pelo Supremo Tribunal Federal - houve bate-boca e urnas foram quebradas pelos parlamentares.
A eleição desta quinta-feira, 17 que será realizada a partir de 12h30, será iniciada assim que o quórum atingir o número mínimo de 257 deputados. Até por volta das 10h, 144 parlamentares estavam na Casa. Ao longo da manhã, as bancadas dos partidos farão reuniões para fechar os nomes que serão indicados para compor as 65 vagas da comissão.
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A previsão é que ela seja instalada ainda hoje, às 17h, com a definição do presidente e do relator do colegiado. Ontem, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que a regra para a escolha da cúpula da comissão ainda não está definida. "Pretendemos concluir amanhã (hoje), salvo algum percalço que possa existir. Estaremos disponíveis para estender o horário ao tempo que for necessário", afirmou.
Líderes da oposição e de partidos aliados a Cunha reuniram-se na noite de ontem na residência oficial da presidência da Casa para discutir a composição da comissão do impeachment. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, Cunha e seus aliados contabilizam ter entre 37 e 39 dos 65 integrantes da comissão a favor do impeachment.
Com essa quantidade de votos, o grupo conseguiria eleger o presidente e o relator da comissão. Os nomes defendidos no encontro são o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), para presidente e Jovair Arantes (GO), líder do PTB, para relator.
Esses dois postos são escolhidos por votação entre os membros do colegiado. Da base aliada, mas próximos a Cunha, os nomes foram escolhidos por não serem radicais e por terem trânsito dos dois lados. Inicialmente, eles não queriam ocupar os postos, mas foram convencidos após insistência.