A campanha contra o voto secreto é tão intensa na Câmara de Vereadores de Curitiba que mereceu dois projetos: um da oposição ao prefeito Cassio Taniguchi (PFL) e outra da bancada de situação. O projeto de lei da oposição extingue esse tipo de votação da Lei Orgânica Municipal e do Regimento Interno da Casa.
A proposta que está mais avançada é a da situação, encabeçada pelos vereadores Alexandre Khury (PFL) e Ney Leprevost (PPB). Foi criada uma comissão mista, com sete membros, que terá 70 dias para alterar o regimento. Em ambos os casos, a inspiração veio da Câmara de São Paulo, que suprimiu o voto secreto há um mês.
Painel pifado
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A Assembléia Legislativa do Paraná já teve um painel eletrônico de votação, mas que nunca chegou a funcionar. O sistema foi comprado em 1989, pelo então presidente da Casa, Aníbal Khury, para ser inaugurado durante a Assembléia Estadual Constituinte, que elaborou a nova Constituição do Paraná.
Ao assumir a presidência da Assembléia, em setembro de 1999, com a morte de Khury, o atual deputado e secretário estadual dos Transportes, Nelson Justus (PTB), decidiu retirar o painel. "Consertá-lo custaria uma fortuna", justificou o deputado. A Assembléia não informa o custo do equipamento. O Estado tem 54 deputados.