Sem propostas concretas para reformar o futebol em seus planos de governo, os candidatos dos três principais partidos que disputam a Presidência do Brasil devem "terceirizar" o discurso de reestruturação do esporte e de políticas para outras modalidades. Ao mesmo tempo, os partidos voltaram a apostar em candidatos ligados ao esporte para usar o prestígio nas quadras e nos gramados na busca pelo eleitorado.
Após a derrota para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo, há duas semanas, a presidente Dilma Rousseff intensificou a aproximação com o Bom Senso FC, grupo de atletas que defendem mudanças na prática da modalidade, entre elas a racionalização do calendário das competições.
Por outro lado, o seu principal adversário, o tucano Aécio Neves, aposta em quadros do vôlei recém filiados ao PSDB e na sua amizade com o ex-jogador Ronaldo Nazário para participar do debate. Já o candidato a presidência do PSB, Eduardo Campos, tem no deputado federal Romário (RJ), que disputa uma vaga no Senado e é crítico da gestão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a sua principal ponta de lança para enfrentar a discussão.
Nenhum dos três planos de governo - registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) antes da derrota da seleção nacional por 7 a 1 para os alemães - traz propostas específicas ou mesmo detalhadas para o futebol.
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O de Dilma é o único que explora genericamente o tema, ao dizer que é "urgente modernizar a organização e as relações do futebol". Na área do esporte, o programa petista propõe a continuidade do Bolsa Atleta e a construção de 285 unidades de Centros de Iniciação ao Esporte (CIE) em 163 municípios de todos os Estados e no Distrito Federal.