A jornalista e produtora de conteúdo Magaléa Mazziotti, ex-repórter da Folha de Londrina em Curitiba, foi agredida no rosto ao sair do restaurante Nina, no centro da capital paranaense, na noite de quinta-feira (27), O estabelecimento tornou-se um reduto de apoiadores do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Magaléa usava um adesivo dele em suas roupas, Por conta disso, ela acredita que a agressão ocorreu por conta de seu posicionamento político.
Magaléa deixava o restaurante para se encontrar com outros jornalistas por volta das 22h30 e estava de cabeça abaixada, procurando uma música em seu smartphone. Ao levantar o rosto, foi tomada de assalto por um golpe na lateral da cabeça por uma pessoa que ela não sabe dizer quem foi. “Não consigo reconhecê-lo. Fui tomada de assalto, o ‘cara’ não falou nada de ‘bolsominion’ [ligado ao candidato Jair Bolsonaro, PL], mas ele não tentou me roubar”, recorda.
Magaléa, então, entrou em contato com seus amigos, que a levaram de volta para o restaurante. De lá, ela foi levada para o Hospital Cruz Vermelha, onde levou quatro pontos no supercílio esquerdo. Ela também passou por tomografia, que não acusou concussão grave. Ela também ficou com dois galos atrás da orelha.
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Apesar da ausência de um posicionamento político mais claro do agressor, o fato de não te tido ajuda de ninguém na rua e o fato dela estar ostentando adesivos do Lula a levam a crer que a agressão tenha motivação partidária.
A jornalista tentou registrar boletim de ocorrência na madrugada, mas não foi possível por não conseguir identificar o agressor, impossibilitando o flagrante. O documento só foi feito na sexta-feira (28). Ela, agora, tenta conseguir as imagens das câmeras de segurança da Guarda Municipal.
Magaléa afirma que não se sente acuada pela escalada de violência política que toma conta do País e que sai de casa sempre trajando vermelho ou preto e com adesivos de Lula. Entretanto, para ela, o fato de algumas pessoas não poderem declarar suas posições políticas indica um adoecimento das relações sociais. “Como jornalista, gosto de estar nas ruas, ver a realidade do Brasil. Este caminho que eu cruzei é meu caminho corriqueiro. Acho que esta é uma sociedade doente, em que eu não posso defender meu direito básico de liberdade de expressão”, lamenta.