Um número de 14 senadores já se inscreveu para discursar na sessão de votação da Comissão Especial do Impeachment no Senado, na manhã desta sexta-feira, 6. O líder do governo, Humberto Costa (PT-PE), pediu para ser o último a falar.
Nesta sessão, poderão falar apenas os líderes, partidários e dos blocos, por tempo máximo de cinco minutos. Antes de Costa, estão inscritos para fazer encaminhamentos Ana Amélia (PP), Eduardo Amorim (PSC), Álvaro Dias (PV), Fernando Bezerra Coelho (PSB), Waldemir Moka (PMDB), José Medeiros (PSD), Ronaldo Caiado (DEM), Ricardo Ferraço (Oposição), Zeze Perrela (PTB), Lindbergh Farias (PT), Cássio Cunha Lima (PSDB), Vanessa Grazziotin (PCdoB) e Wellington Fagundes (PR).
No decorrer das sessões, mais senadores podem se inscrever. A senadora Ana Amélia (PP) já começou a falar, manifestando-se favoravelmente à admissibilidade do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff.
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Cunha
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-SC) pediu novamente a suspensão dos trabalhos da Comissão Especial do Impeachment do Senado. Ela alegou que o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), precisa responder se o processo de impedimento de Dilma Rousseff aberto na Câmara dos Deputados pode ser recebido pelo Senado após a decisão de quinta-feira, 5, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o afastamento do mandato por parte do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Para Gleisi, os atos tomados pelo presidente da Câmara, entre eles a abertura do processo de impeachment, devem ser declarados nulos. "O STF foi claro ao dizer que houve desvio de poder nos atos de Cunha", disse a senadora.
O presidente da Comissão Especial do Impeachment no Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), no entanto, indeferiu o pedido da petista. Segundo ele, o recurso de Gleisi só pode ser apresentado ao plenário do Senado, e não a essa comissão.