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CPI da Petrobras: acareação entre Costa e Cerveró é marcada para o dia 2

Agência Estado
21 nov 2014 às 17:15

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A CPI mista da Petrobras marcou para o dia 2 de dezembro uma acareação entre o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e do ex-diretor da Área Internacional da companhia Nestor Cerveró. Na terça-feira, 18, após a oposição se articular com integrantes da base aliada, a comissão aprovou uma série de requerimentos de convocação de envolvidos no escândalo de corrupção e ainda decidiu quebrar os sigilos bancário, fiscal e telefônico do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, entre 1º de maio de 2005 e 20 de maio deste ano.

No calendário de depoimentos marcados, entretanto, a comissão ainda não agendou dois depoimentos considerados importantes pela oposição: o do presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado, e do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Os trabalhos da CPI, que se encerrariam neste domingo, 23, foram prorrogados ontem até o dia 22 de dezembro.

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Machado foi chamado para explicar, entre outros fatos, a acusação feita por Paulo Roberto Costa de que recebeu, das mãos de Sérgio Machado, R$ 500 mil dentro do esquema de pagamento de propina que envolve a estatal. Indicado para o cargo em 2003 pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Machado pediu o afastamento do cargo no início do mês por 31 dias após a auditoria PriceWaterhouseCoopers (PWC) ter exigido a saída dele da subsidiária da estatal como condição para auditar os balanços da Petrobras.

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Indicado pelo PT, Duque, por sua vez, foi apontado em uma delação premiada feita por um executivo de uma construtora como o "elo" entre o clube de construtoras que loteavam as obras da Petrobras e o esquema de pagamento de propina a políticos e agentes públicos. Cabe ao presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), marcar as datas das reuniões. Vital chegou a dizer que iria priorizar, nos depoimentos a serem agendados, a convocação daqueles que estiverem presos - como é o caso de Renato Duque.

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Cerveró


A acareação entre Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró colocará frente a frente acusador e acusado. Em delação premiada, Costa afirmou que Cerveró recebeu propina em contratos na Petrobras, acusação negada pelo ex-diretor da Área Internacional. O pedido para colocá-los frente a frente foi apresentado pelo deputado Ênio Bacci (PDT-RS). "Acho que a acareação faz parte das investigações e nenhuma CPI tem usado muito. Aquele que é convocado, no mínimo, vai dizer algo de forma oposta (ao acusador)", afirmou o autor do requerimento.

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A comissão marcou para a próxima terça-feira, 26, o depoimento da diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, e do gerente-Geral de Implementação de Empreendimentos para a Refinaria Abreu e Lima, Glauco Legati. Magda foi convidada, o que significa que, pelo regimento interno, ela pode se recusar a comparecer. Glauco, por sua vez, foi convocado, medida que o obriga a ir ao colegiado.


No dia seguinte, a CPI mista agendou a convocação de Márcio Bonilho, sócio da Sanko-Sider. Bonilho apareceu em um dos diálogos gravados com o doleiro Alberto Youssef. Na conversa interceptada, o doleiro reclama de Paulo Roberto Costa. A comissão marcou o depoimento do ex-diretor da Área de Gás e Energia da Petrobras Ildo Sauer.

O colegiado ainda quer convocar o ex-diretor da Área de Gás e Energia da Petrobras Ildo Sauer. Em setembro, Sauer disse em entrevista ao Broadcast , serviço em tempo real da Agência Estado, que o "governo de coalizão" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva permitia que partidos políticos indicassem dirigentes para a estatal para obter "ajuda". Recentemente, Sauer teve os bens bloqueados no processo do Tribunal de Contas da União (TCU) que envolve a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).


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