Citado no relatório final da CPI do Narcotráfico, o ex-secretário de Segurança Cândido Martins de Oliveira, o "Candinho", disse que pretende tomar medidas judiciais e políticas contra quem o acusou sem provas. "Tenho ficado em silêncio esperando a divulgação do relatório final, somente depois de saber o teor das acusações vou tomar as medidas adequadas", afirmou no meio da tarde, antes que o relatório tivesse sido aprovado pelo Congresso Nacional. Cândido Martins promete "disparar" contra deputados federais, senadores e os meios de comunicação.
O ex-secretário é acusado por sonegação fiscal, movimentação financeira incompatível com rendimentos, envolvimento com tráfico de drogas, furto e desmanche de veículos, extorsão, corrupção passiva e ativa. Para o ex-secretário, seu nome foi usado como "degrau" por políticos para se promover. Ele afirmou que os deputados federais Padre Roque Zimmermann (PT-PR) e Pompeu de Mattos (PDT-RS) denegriram sua imagem injustamente. "Agora, escondem-se atrás da imunidade parlamentar", afirmou.
Para o ex-secretário, os deputados não têm provas que o envolvam com o crime organizado ou narcotráfico. "Os acusadores que depuseram na CPI respondem a processos criminais", disse. O nome do secretário foi citado duas vezes. Em uma ele estaria relacionado ao um assalto a um carro-forte. "Fato que não existe registro", rebateu. E em outra acusação seu nome é vinculado a omissão na investigação com o crime organizado. "Mas antes é preciso que se provem os crimes contra os outros policiais para se configurar que houve omissão. Além disso, tem que se comprovar que eu sabia dos casos", finalizou.
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Outros indiciados
A Folha procurou pelos delegados Mário Ramos e João Ricardo Képes de Noronha para que se pronunciassem sobre os seus indiciamentos. No entanto, não obteve resposta de nenhum deles, ao procurá-los em seus celulares.