O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi indiciado na CPI dos Correios no esquema do "mensalão" - propina paga a deputados da base aliada em troca de apoio ao governo.
O relatório foi lido no início da tarde desta quarta-feira (29) pelo relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). O deputado afirma que o presidente foi informado pelo ex-deputado Roberto Jefferson da existência do esquema, mas teria ordenado a subordinados --o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e ao então ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo-- que investigassem o caso.
Dezenove deputados aparecem na lista de pedidos de indiciamento. O único oposicionista é o ex-presidente do PSDB, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Durante a campanha ao governo de Minas Gerais, Azeredo recebeu R$ 9 milhões das contas de Marcos Valério Fernandes de Souza para honrar dívidas de caixa dois de campanha. Porém, Azeredo não aparecerá como beneficiário do suposto "mensalão". Ele é citado por ter feito caixa dois na campanha de 1998.
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No documento, o ex-ministro José Dirceu, o ex-ministro Luiz Gushiken, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira, o ex-presidente do PT José Genoino e o empresário Marcos Valério aparecem como passíveis de indiciamento.
O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), marcou para a próxima terça-feira, às 10h, a discussão e possível votação do relatório.
Fonte: Terra e Folha Online