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Crise de Lerner beneficia os adversários políticos

Maria Duarte - Folha do Paraná
20 mai 2001 às 17:09

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A crise do governo Lerner beneficia diretamente os adversários - que já arregaçaram as mangas para tirar dividendos políticos da situação, visando a campanha sucessória. O senador Roberto Requião (PMDB), candidato declarado às eleições de 2002, aproveitou o escândalo dos grampos telefônicos para encaminhar à Assembléia Legislativa um pedido de impeachment de Lerner, protocolado anteontem. Apesar da situação tachar a medida de "proposta eleitoreira sem provas", o pedido de cassação, mesmo que seja arquivado, tem impacto político.

Os candidatos deverão usar ainda como "bandeira", além das denúncias de grampos, a não privatização da Copel (que o governo pretende levar a leilão em outubro), o aumento da dívida do Estado (que hoje atinge R$ 7,5 bilhões), a implantação do pedágio, e a condenação do governador pelo Tribunal Internacional dos Crimes do Latifúndio. Apesar de não ter validade legal, o Tribunal classificou o atual governo como "omisso" e "negligente" em relação aos crimes cometidos no campo.

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Requião não se cansa de apontar falhas nos seis anos da gestão Lerner, que ele classifica de "desastre".

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Outro beneficiado é o senador tucano Alvaro Dias, que tem planos de retornar à chefia do Executivo paranaense. Em tese, sai ganhando também seu irmão Osmar Dias (PSDB) que, apesar de oficialmente invocar os laços de família e declarar que o candidato do partido ao governo é o irmão Alvaro, busca apoio nos bastidores com o mesmo objetivo. Extra-oficialmente, corre a versão de que uma possível parceria de Osmar com o prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL) - que está dissociando sua imagem do grupo de Lerner - teria sido cogitada.

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O grupo de Jaime Lerner teria quatro nomes para a sucessão: Cassio Taniguchi (apesar do processo de afastamento político); o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PTB); o secretário da Comunicação, Rafael Greca; e o vice-prefeito da Capital, Beto Richa (PTB). No entanto, são apostas embrionárias, e nem todos teriam condições de emplacar a candidatura. O secretário-chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, aposta que haverá segundo turno, independente de quem seja o candidato da situação.


O Palácio Iguaçu considera natural que o governador esteja sofrendo desgate neste momento. Além de ser um ano pré-eleitoral, o pefelista já está em seu segundo mandato.

Guerra afirmou que a popularidade do governador está em patamares melhores agora do que em outubro passado. No entanto, uma pesquisa mantida sob forte sigilo na sede do governo paranaense não teria sido tão palatável quanto o primeiro escalão imaginava. No início de fevereiro, em visita a Londrina, o governador enfrentou a hostilidade de um grupo de professores.


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