Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Tempos de crise

Crise é responsabilidade da situação e da oposição, diz presidente da Firjan

Agência Estado
07 ago 2015 às 21:01

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

No dia seguinte ao da publicação de uma nota conjunta das Federações das Indústrias do Rio de Janeiro e de São Paulo em defesa de um esforço coletivo para enfrentar a crise política e econômica, o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, afirmou na tarde desta sexta-feira, 7, que a responsabilidade da atual situação é "da situação e da oposição", que precisam deixar de lado uma "disputa eleitoreira, partidária" e buscar uma saída para o País. O empresário também criticou o programa de televisão exibido pelo PT na noite de quinta-feira, 6, por ter supostamente investido no confronto.

"Políticos da situação e da oposição foram eleitos para promover o Brasil, e hoje a discussão coloca o Brasil em um nível muito menor do que deveria. O Brasil é maior do que essa disputa eleitoreira, partidária. O importante são 200 milhões de brasileiros, são as pessoas que foram para a classe C e agora estão ameaçadas de desemprego, de fome. É hora de ter uma dose de estadista. Não me refiro à presidente Dilma Rousseff em particular, me refiro aos políticos de maneira geral. O grito dos empresários é um chamamento aos políticos que têm voto, que estão no parlamento e no Executivo. A população não está gostando desse jogo", afirmou Gouvêa Vieira.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O empresário citou o panelaço da noite de quarta-feira, 5, promovido em várias cidades do País durante o programa do PT na televisão. "Ontem vimos um protesto gigantesco, não em cima de uma pessoa, mas de uma situação que os políticos inventaram. É preciso espírito de concórdia. O programa de ontem (do PT) não teve espírito de concórdia. A população está indignada. Para construir a concórdia tem que ter humildade. Se queremos ser a sexta economia do mundo, não vai ser com essa política que vamos conseguir. Tem que ter limite de gastos públicos, reforma do Estado, que se exauriu", disse o presidente da Firjan. Para Gouvêa Vieira, o aumento descontrolado do gasto público e uma máquina estatal com 38 ministérios não condizem com o modelo de "Estado moderno" que o Brasil deveria perseguir. "Não há empresário com coragem para investir nesse marasmo", afirmou.

Leia mais:

Imagem de destaque
Trama golpista

Bolsonaro sai em defesa de militares suspeitos de plano para matar Lula

Imagem de destaque
Incluindo Bolsonaro

MP do TCU pede suspensão do salário de militares indiciados pela PF

Imagem de destaque
Caso seja processado

Jair Bolsonaro pode pegar até 28 anos de prisão por tentativa de golpe

Imagem de destaque
Investigado pelo STF

Golpismo pode levar Bolsonaro a 28 anos de prisão e a mais de 30 inelegível


"As pessoas batem panela e os empresários resolveram chamar atenção dos políticos", disse. "Os empresários tinham um sentimento guardado e chega a hora em que sai o grito". A gota d'água, segundo Gouvêa Vieira, foi a conclamação do vice-presidente Michel Temer por uma união para tirar o País da crise, feita na quarta-feira. "É preciso que alguém tenha capacidade de reunificar a todos", afirmou Temer.


Gouvêa Vieira diz que os escândalos do esquema de corrupção na Petrobras, investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, aumentaram a indignação da população. Para ele, não há paralelo com o escândalo do mensalão, que em 2005 trouxe à tona o pagamento de propina para parlamentares da base do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. "Era difícil para a população entender o mensalão. O petrolão está escancarado, com as pessoas roubando e destruindo a maior empresa brasileira. Isso tudo impulsionado pela falta de liquidez, de recursos, pelo desemprego, pelo desânimo, pela decepção com os governantes. É uma fotografia completamente diferente (a situação de hoje e a do período do mensalão)".

O vice-presidente da Firjan, Carlos Fernando Gross, disse que o empresariado tem confiança que os políticos possam chegar a uma saída para a crise. "Os empresários querem estabilidade econômica e política, para planejar, criar novos negócios, ganhar dinheiro, querem regras corretas para a economia. Temos a maior confiança na classe política brasileira, que em momentos difíceis sempre resolve. A política no Brasil é bem feita. Falo dos políticos sérios, que existem em todos os partidos", afirmou. Gross acredita que a "pauta bomba" da Câmara, com aprovação de projetos que implicam em aumento de gastos, não irá adiante no Senado. "Pauta bomba no Senado não existe. É importante que, em vez das vaidades pessoais, se aglutinem as lideranças", declarou.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo