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Processo

Defesa do impeachment de Temer é a mesma que a de Dilma, diz advogado

Agência Estado
07 abr 2016 às 12:10

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O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, disse em entrevista à Rádio Estadão nesta quinta-feira, 7, que a defesa do vice-presidente Michel Temer em um processo de impeachment já está pronta. "Se a AGU for chamada a defender Temer será a mesma defesa (de Dilma), porque não há nenhum crime de responsabilidade", disse.

Na terça-feira, 5, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve dar prosseguimento a um pedido de impedimento contra o vice-presidente.

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Reforçando o papel da Advocacia-Geral da União em defender atos do administrativo e das autoridades em exercício de suas funções, Cardozo informou que cabe a Temer determinar quem vai fazer a sua defesa.

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O ministro da AGU também voltou a criticar o parecer do deputado Jovair Rodrigues (PTB-GO), lido na Comissão Especial do Impeachment na quarta-feira, 6, e o andamento do processo de impedimento da presidente da República.

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"Um governo que nasça de um processo como esse nasce sem legitimidade", destacou Cardozo, que pediu isenção aos deputados no momento da votação do relatório. "No presidencialismo, o impeachment só pode acontecer em situações extremas, na configuração de responsabilidade e que afete as bases do sistema constitucional."


Cardozo disse ainda que pode judicializar o processo de impeachment de Dilma a qualquer momento. "Se houver lesão à presidente a ao Estado, na medida em que chegamos num caso de violência à Constituição, seguramente o Judiciário será chamado para intervir. Ele existe pra isso."

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Andrade Gutierrez


Sobre a reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta quinta sobre a delação premiação de executivos da empreiteira Andrade Gutierrez, em que há a acusação de que a campanha presidencial de Dilma teria sido abastecida por dinheiro de propina, o advogado-geral da União disse que o vazamento da informação é "deplorável".

"Delações premiadas são muito importantes para a investigação. O delator pode falar a verdade, mentir, beneficiar amigos. Mas é o ponto de partida de uma investigação que se abre. Delações premiadas só podem vir a público depois que as denúncias são aceitas pela Justiça. Se veio a público ontem, não foi investigada, figura especulação, atinge imagem de pessoas sem nenhum propósito. Vazamentos desse tipo são crimes", asseverou.


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