O depoimento de Amauri Cruz Santos, que teria feito lobby junto a funcionários da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) para aprovação do projeto Usimar, foi adiado para depois do feriado de 1º de maio. Segundo Nazareno Wolff, procurador da República destacado para o caso no Paraná, a nova data ainda será marcada.
Os procuradores do Ministério Público Federal pretendiam ouvir Cruz Santos na noite de sexta-feira, mas o depoimento do gerente financeiro da New Hubner Componentes Automotivos, Valmor Felipetto -que durou dez horas-, se estendeu até as 21 horas. Felipetto negou participação no esquema de fraudes na Sudam. O projeto Usimar desviou cerca de R$ 44 milhões.
O projeto Usimar foi aprovado com um valor de R$ 1,38 bilhão, que seriam utilizados na construção de uma fábrica de peças automotivas no Maranhão. Desse total, R$ 690 milhões seriam entregues pela Sudam, com a Usimar repassando a outra metade.
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Santos foi apontado pelo Ministério Público como um dos envolvidos no esquema AMA/Comurb, que desviou recursos da Prefeitura de Londrina, e resultou na cassação, em 2000, do então prefeito Antônio Belinati (hoje sem partido).
Na avaliação do procurador Mário Lúcio de Avelar, a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PFL) e seu marido, Jorge Murad, têm participação em fraudes na Sudam. Para os procuradores, os documentos apresentados até agora responsabilizam tanto Hubner como Felipetto, porque os papéis estavam assinados pelos dois.