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No Rio de Janeiro

Deputado alvo de bomba de gás critica violência policial

Agência Estado
01 mai 2017 às 15:08

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O deputado Flavio Serafini (PSOL), atingido por uma bomba de gás lacrimogêneo enquanto discursava num palco, em ato contra as reformas trabalhistas e previdenciárias, na sexta-feira, 28, atribuiu a atuação da polícia à "estratégia de governo". Ele participa da manifestação, nesta segunda-feira, 1º, pelo Dia do Trabalhador e contra a reforma trabalhista, na Cinelândia, centro do Rio.

"A atuação da PM foi para desmobilizar e não permitir a livre manifestação e a mobilização da classe trabalhadora brasileira. O jogo foi muito bem definido: provocações da polícia e lançamento de bombas indiscriminadamente contra os manifestantes", disse.

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Na sexta-feira, Serafini pediu que os policiais parassem de jogar bombas na direção das pessoas que assistiam aos discursos num palco montado na Lapa. A PM avançou na direção do público. O deputado, então, encerrou o ato e orientou os manifestantes a deixarem a Lapa. "Polícia Militar do Rio de Janeiro, parem com as bombas. Tem mulheres, tem idosos. Vamos, gente, encerrado o ato. Eles querem nos calar com violência", dizia o deputado. Neste momento, um PM mirou no parlamentar e disparou a bomba de gás em sua direção. Serafini não ficou ferido. Um vídeo feito pelo cinegrafista Ronaldo Parra, que mostra o momento da agressão teve 71 mil visualizações.

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O deputado Marcelo Freixo, também do PSOL, disse que "quiseram calar o ato com as bombas". "Quanto mais bombas jogarem na gente, mais vamos botar gente em praça pública. Bomba nunca foi capaz de deter a gente. Registramos tudo e vamos enviar as imagens ao Ministério Público", disse o parlamentar. "Sei que tem policiais aqui no meio e, se essa luta for vitoriosa, vocês também vão se aposentar com dignidade. É importante que saibam de que lado estão quando jogam bomba na classe trabalhadora", completou.


Até as 14h desta segunda-feira, a manifestação não registrava nenhum confronto entre policiais e manifestantes. Policiais, em pequeno número, monitoram a manifestação de longe.

A única confusão foi registrada por volta de 12h50, quando houve uma briga entre manifestantes e um homem que pedia a volta da monarquia. Ele foi expulso da manifestação por integrantes da CUT depois de, segundo a Central, ter feito comentários racistas e homofóbicos. Eles também teriam tomado a bandeira do Império, que o homem carregava, e o agredido.


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