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CPI

Deputado comenta desdobramentos da operação Lava Jato

Roger Pereira - Redação Bonde
09 mai 2014 às 19:12

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Membro da Comissão Externa da Câmara e um dos propositores da CPI mista da Petrobrás no Congresso Nacional, o deputado federal Fernando Francischini comentou, durante sua passagem por Curitiba, os desdobramentos da Operação Lava Jato e o impasse com a instalação das CPIs pelo parlamento.

"Não tem como tirar o viés político da investigação. Ela pode acabar caindo no colo do governo. Por isso esse temor muito grande por parte deles e a tentativa de postergar a CPI. Mas, agora, depois de muita pressão, o presidente Renan Calheiros (PMDB) deu o prazo para a indicação dos nomes. Estamos acreditando que não haverá mais manobras", disse.

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O deputado, que estará em Curitiba no dia 22 para colher depoimento do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto da Costa, preso na operação, disse que já tem claro modus operandi do esquema. "Está claro que eles agiam através de subcontratações de empresas terceirizadas, já com valores superfaturados, com a promessa de doação a políticos. O que eles não contavam era com o Paulo Roberto dando consultoria".

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Francischini comentou que há um clima de grande apreensão no Congresso pelo fato de as investigações poderem envolver novos parlamentares. "O que o próprio governo está fazendo, agora, é espalhar lista de doações para constranger os deputados. Mas não me constrange. Eu recebi R$ 10 mil, legalmente, de uma dessas empresas, e sou o proponente da CPI", disse, já prevendo os próximos capítulos da investigação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. "Em breve, pode aparecer empréstimos do BNDES a obras dessas empresas no exterior, já com essas doações previstas também", indicou.

Gleisi se explica - Apontada como uma das candidatas que mais recebeu doações das empresas investigadas pela Operação Lava Jato, a senadora e potencial candidata do PT ao governo do Paraná, Gleisi Hoffmann, divulgou nota, ontem, dizendo que todas as doações recebidas por ela são oficiais, contabilizadas e aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral sem qualquer ressalva. Gleisi recebeu R$ 2,1 milhões em doações de campanha de empresas investigadas pela operação.


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