O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados se reúne na quarta-feira (14), às 15 horas, para instaurar o processo contra o deputado Luiz Argôlo (SD-BA). Para o Psol, que pediu a investigação, o deputado quebrou o decoro parlamentar por seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato, da Polícia Federal.
A representação tem base em reportagens da revista Veja e do jornal Folha de S.Paulo que citam mensagens trocadas entre o doleiro e Argôlo sobre a transferência de R$ 120 mil para a conta do chefe de gabinete do parlamentar, Vanilton Bezerra. De acordo com a Folha, Argôlo também teria recebido do doleiro dois caminhões de gado.
Após a instauração do processo, o Conselho de Ética vai sortear a lista tríplice para a escolha do relator. A reunião ainda não tem local definido.
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Corregedoria
Este é o segundo procedimento em andamento na Câmara com origem nas suspeitas do envolvimento de Argôlo com atividades irregulares do doleiro. Em abril, o PPS protocolou representação na Corregedoria da Câmara. Depois de algumas tentativas frustradas, a Corregedoria conseguiu, na última quarta, notificar o deputado para que o processo tenha prosseguimento.
Luiz Argôlo tem cinco dias úteis para apresentar manifestação por escrito. Depois, começa a correr o prazo de 45 dias para a instrução processual. Só então, o corregedor Átila Lins (PSD-AM) emite seu parecer, que pode ser pelo envio do processo ao Conselho de Ética ou pelo arquivamento do caso.
As duas representações em tramitação (no Conselho de Ética e na Corregedoria da Câmara) não têm ligação e não excluem uma à outra.
A assessoria do deputado Luiz Argôlo informou que ele só vai se manifestar nas instâncias próprias, quando apresentará toda a documentação necessária à sua defesa.