O deputado Lindberg Faria (PT-RJ) começou a colher assinaturas para a abertura de uma nova Comissão Parlamentar de Inquéritos (CPI) destinada a investigar o Judiciário.
A última CPI, realizada em 1999, levou à cassação do senador Luiz Estevão, à prisão do juiz Nicolau dos Santos Neto, responsável pelo desvio de R$ 169 milhões dos cofres públicos, e ao desmonte de uma quadrilha de assaltantes de dinheiro público.
O objetivo da nova CPI, segundo o parlamentar, é apurar "fatos concretos de nepotismo, enriquecimento ilícito e negociações, por parte de juizes de liminares e habeas-copus".
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Apesar de ser um dos radicais do PT que criticam a reforma da Previdência, Lidberg fez duras críticas à adesão dos juízes e procuradores da República à greve dos servidores. Para o deputado, as duas categorias estariam tomando carona no movimento numa manobra oportunista.
Lindberg considera "o pior dos mundos" a pressão do Judiciário para que o teto dos salários dos juizes estaduais passe de 75% para 90,25% do valor do salário de ministro do STF. "Queremos resolver o problema das pensões e da idade mínima e esses assuntos não podem ser misturados", disse.
Ainda sobre o movimento dos juízes e procuradores, Lindberg disse que não se trata de greve, mas de locaute. Neste momento, um grupo de parlamentares do PT está reunido com o presidente da Câmara, João Paulo Cunha, para apresentar suas preopações quanto à presença de policiais armados na Câmara, como aconteceu ontem. Segundo o deputado Chico Alencar (PT-RJ), o objetivo é analisar providências para que o episódio não se repita.