Os deputados estaduais ficaram irritados com o levantamento realizado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em parceria com a Folha sobre a atuação dos parlamentares. O primeiro balanço, divulgado na edição desta quarta-feira, revela o clientelismo domina os trabalhos dos deputados estaduais. A maior parte dos projetos apresentados é voltada ao assistencialismo, homenagens ou utilidade pública.
O deputado Neivo Beraldin (PSDB), transmitiu sua indignação através de nota oficial. Ele considerou as matérias "simplistas e generalistas, prejudicando a imagem e o trabalho de deputados atuantes dentro da Assembléia". Beraldin elaborou nota com 11 itens destacando seus trabalhos no mês de abril. Entre eles, autoria do projeto de lei que cria a Delegacia de Crimes da Internet, criação da Comissão Especial que investiga a Sanepar (da qual é presidente) e realização de audiências para averiguar o problema do chumbo em Adrianópolis.
Geraldo Cartário (PSL) foi classificado como integrante do grupo dos deputados "surdos" (que raramente fazem uso do microfone). Em sua resposta, disse que "quero deixar claro que estes "pesquisadores" omitiram por ignorância ou má fé todo trabalho que venho desenvolvendo ao longo dos meus 11 anos de mandato". "Não sou surdo, nem tímido e tão pouco burro. Sempre estive presente nos trabalhos legislativos".
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Já o deputado Orlando Pessuti (PMDB) aprovou a iniciativa, mas fez uma ressalva: "tem deputados que não falam na tribuna, mas são ótimos parlamentares em outras áreas". Para Pessuti, os deputados podem se destacar em diversos pontos. "Por isso, acho que a avaliação foi injusta com alguns. Mas de forma geral o trabalho é benéfico", analisou o peemedebista.
O líder dos partidos de oposição, Waldyr Pugliesi (PMDB), disse que o trabalho "vale a pena". "Faz com que os deputados produzam mais. Não vai agradar a todos, é óbvio, mas acaba sendo bom para a Casa".