O deputado Roberto Brant, presidente da comissão especial da reforma da Previdência, irritado com a confusão causada por um erro na contagem de votos da sessão, mandou Onyx Lorenzoni (PFL-RS) "calar a boca".
A votação que definiria a existência ou não de audiências públicas em cinco estados brasileiros estava empatada em 14 a 14, devido a um equívoco da mesa.
Onyx Lorenzoni, autor do requerimento, se propôs a votar novamente para desempatar. O regimento da Câmara esclarece que o relator da matéria pode votar duas vezes quando há empate, mas o requerimento não é relatado por ninguém. Lorenzoni interpretou equivocadamente o regimento.
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Brant não concordou com o argumento de Lorenzoni e, irritado, lançou um sonoro "cala a boca". Lorenzoni se defendeu dizendo que estava "para nascer o homem que o mandaria calar a boca" e continuou, afirmando que não estava sendo respeitado.
Minutos depois Roberto Brant admitiu o erro e pediu desculpas. A mesa recontou os votos e notou que faltava um. Assim, a votação terminou com parecer favorável ao requerimento, por 15 votos a 14.
No final da sessão, mais calmos, os dois deputados se abraçaram.