A presidente Dilma Rousseff prometeu, na tarde desta sexta-feira, em Salvador, "resolver estruturalmente o problema da seca" no Nordeste. A declaração foi dada ao fim da 16ª Reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), realizada em um hotel da orla da capital baiana.
No evento, do qual também participaram governadores ou representantes de todos os Estados nordestinos, além dos vice-governadores de Minas Gerais e do Espírito Santo e dos ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, foram assinados convênios entre o governo federal e os governos estaduais para liberação de recursos referentes a 77 obras para ampliar a oferta de água em municípios da região. Os projetos, somados, têm investimentos previstos de R$ 1,8 bilhão - e, segundo Bezerra, formam a primeira parte de um programa que prevê investimento total de R$ 3 bilhões.
"Este País não tem mais o direito de deixar que a seca se transforme em um flagelo, nem pode agir de forma parcial ou isolada, no que se refere a suas esferas de poder, para resolver os problemas", disse a presidente. "Nós vamos usar esta seca para avançar mais. Nós vamos resolver, estruturalmente, o problema da seca. Esse é o compromisso que sai desta reunião."
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Além das obras de construção e ampliação de barragens, adutoras e sistemas de abastecimento e irrigação, Dilma também prometeu medidas emergenciais para compensar as perdas de agricultores e pecuaristas, que sofrem com a estiagem deste ano - considerada a pior em 50 anos em algumas regiões nordestinas. No evento, foi anunciada a ampliação do bolsa-estiagem de R$ 400 para R$ 560 e a do seguro garantia-safra de R$ 680 para R$ 952.
"O governo federal também está extremamente preocupado em solucionar a questão do milho - nós vamos fazer o possível e o impossível para aumentar o fornecimento de milho subsidiado para os pequenos produtores dos Estados nordestinos", disse a presidente, sobre os criadores de animais que usam o grão para alimentar os rebanhos. "Acho que vamos ter de nos preparar para sustentar rebanhos e recompô-los. É importante que a gente já olhe um pouco mais longe."