O diretor de Infraestrutura Ferroviária e diretor interino de Administração e Finanças do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Geraldo Lourenço de Souza Neto, é réu em uma ação penal no Tocantins, na qual é acusado pelo Ministério Público de corrupção passiva e falsidade ideológica. Indicado pelo senador Magno Malta (PR-ES), Lourenço ocupou diversos cargos em distintos governos no Tocantins nos últimos 20 anos. Está no Dnit desde 2008.
Segundo a promotoria, Lourenço integrava, em 2003, uma quadrilha que explorava jogos de azar. À época, ele era o delegado titular da Delegacia Estadual de Crimes Contra os Costumes, Jogos e Diversões. De acordo com os promotores, o diretor do Dnit recebia semanalmente R$ 1.500 de um contraventor para se abster de combater a exploração de máquinas caça-níqueis e também trabalhava para a "aniquilar" a concorrência do homem que lhe pagava a propina.
O processo corre na primeira instância criminal do Tocantins e está na fase de alegações finais do Ministério Público. Em 2010, a ação foi parcialmente trancada, interrompendo outras acusações contra Geraldo, essas de esbulho possessório e construção em solo não edificável.
Leia mais:
Senado aprova projeto que aumenta para 10 anos banimento de torcedor violento dos estádios
PF faz busca e apreensão contra chapa eleita no PR que comprou votos no Pix
PF liga ataque de Bolsonaro às urnas a trama para dar golpe de Estado em 2022
Deputados do Paraná aprovam ampliação do vale-alimentação aos servidores estaduais
Defesa
Por meio da assessoria do Dnit, Lourenço afirmou que as acusações de falsidade ideológica e esbulho possessório (expropriação) foram reconhecidas como injustas e retiradas pelo Estado do Tocantins - a segunda foi trancada, a primeira não.
Sobre a ação do MP, ele sustentou que "possui documentos que provam o contrário" e que "aguarda julgamento, para o qual solicitou a realização o mais rápido possível, a fim de processar o responsável pela acusação". O diretor do Dnit acrescentou que "a acusação não tem provas e que a acusação foi movida por um motorista policial insatisfeito com uma transferência por ele determinada".