Não houve acordo entre representantes do governo do Estado e do Consórcio Dominó, holding que detém 39,7% das ações da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). Eles estiveram reunidos nesta segunda-feira em Curitiba com o procurador geral do Estado, Sergio Botto de Lacerda.
Do encontro, sairia a assinatura de um novo contrato, desfazendo o acordo que há entre as partes e que, segundo o governo, dá ao grupo plenos poderes de decisão dentro da empresa, apesar de o mesmo ser composto por acionistas minotários.
Agora, para reaver o controle da Sanepar, o governador Roberto Requião (PMDB) deve baixar nas próximas horas um decreto anulando o ''pacto de acionistas''.
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Participaram da reunião Paulo Roberto Welzel, do Banco Opportunity; Régis Hahn, da empresa francesa Vivendi; e Renato Torres de Farias, do grupo Andrade Gutierrez.
Opportunity, Vivendi e a Andrade Gutierrez formam o Consórcio Dominó junto com a Companhia Paranaense de Energia (Copel). Os três representantes do consórcio não quiseram falar com a imprensa. Farias disse apenas que o acordo não foi assinado, mas que as negociações continuariam.
Não foi dessa forma que o procurador encarou o resultado da reunião. A atitude dos representantes do Consórcio Dominó irritou Lacerda, que considerou o acordo desfeito. O procurador disse que foi uma ''surpresa e frustração'', já que a dissolução do acordo está sendo negociada há cerca de 45 dias.
Segundo ele, o texto do novo contrato já havia sido, inclusive, aprovado por um outro representante da Andrade Gutierrez, Ricardo Sena, que estava atuando como interlocutor do grupo.