O presidente Jair Bolsonaro editou um decreto que inclui igrejas entre as atividades que podem ficar abertas durante os períodos de confinamento impostos por causa da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
O texto foi editado nesta quarta-feira (25) e publicado no Diário Oficial da União nesta quinta (26), alterando o decreto de 20 de março, que estabelece que as medidas de isolamento devem "resguardar o exercício e o funcionamento dos serviços públicos e atividades essenciais".
A lista inicial incluía serviços de saúde, assistência social, segurança pública e privada, defesa, transporte, telecomunicações, internet, call center, água, esgoto, energia elétrica, financeiros e de venda de alimentos, entre outros.
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O novo decreto, no entanto, acrescenta "atividades religiosas de qualquer natureza, obedecidas as determinações do Ministério da Saúde, e unidades lotéricas". Em coletiva de imprensa na última quarta, o ministro Luiz Henrique Mandetta havia dito que as pessoas podiam rezar nas igrejas, mas "sem aglomeração".
Na Coreia do Sul, país que é exaltado como caso de sucesso no combate ao coronavírus, uma seita religiosa em Daegu é tida como um dos principais vetores de disseminação do Sars-CoV-2, já que líderes e fiéis não cooperaram com as medidas de isolamento no início da pandemia. O Brasil, segundo o Ministério da Saúde, soma 2,4 mil casos do novo coronavírus e 57 mortes.