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Empresário é detido antes de depor na CPI

Maria Duarte e Israel Reinstein - Folha do Paraná
09 mai 2001 às 09:48

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Os trabalhos da CPI da Telefonia terminaram o dia de ontem com uma prisão. Antes de começar a depor, o diretor da Delta Distribuidora de Petróleo, Naum Galperin foi preso pelo delegado José Sudário da Silva e levado para Araucária (Região Metropolitana de Curitiba).

A prisão provisória de cinco dias foi decretada pela juíza da Comarca de Araucária Maria Cristina Franco Chaves, por infração do artigo 168 do Código Penal e do artigo 4 da lei 1521/51. Aparentemente a prisão não tem relação direta com o caso de grampos telefônicos. Galperin foi preso porque teria arrendado, de forma ilegal, a distribuidora de petróleo e expandido a ação da sua empresa para outros municípios, o que é proibido por lei.

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Já o ex-funcionário da Telepar Brasil Telecom e free-lancer da Defense Assessoria e Consultoria em Segurança, Jefferson Martins Storrer, admitiu à CPI da Telefonia que realizou serviços de varredura nos comitês eleitorais do governador Jaime Lerner (PFL) e do senador Alvaro Dias (PSDB). Storrer e o ex-gerente do Departamento de Segurança da Telepar Brasil Telecom, Edgar Fontoura Filho, diretor da Defense, foram demitidos ontem pela Telepar Brasil Telecom. A empresa alegou que desconhecia o envolvimento dos dois funcionários com a Defense.

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Storrer também afirmou que já executou o mesmo serviço na casa do secretário especial da Chefia de Gabinete do governador, Gerson Guelmann, e também na Secretaria de Esporte e Turismo, quando o secretário era Osvaldo dos Santos Filho.

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O ex-funcionário da Telepar disse não lembrar se fez outros trabalhos em outros comitês eleitorais ou no gabinete de Lerner. Apesar de confirmar o trabalho nesses locais, ele também não soube dizer quem o contratou para esses trabalhos. Além disso, ressaltou que o trabalho era de varredura e não de grampo.


Em seu depoimento, Jefferson Storrer disse que trabalhou com Edgar Fontoura Filho. Além de atuarem juntos nesse setor, Storrer declarou que prestava serviços para Defense Assessoria e Consultoria em Segurança, de propriedade de Edgar Fontoura Filho. Fontoura o contratava para serviços paralelos ao trabalho da Telepar. No entanto, Fontoura foi taxativo ao declarar que as varreduras no Palácio Iguaçu eram feitas pela Telepar e "jamais eram feitos pela Defense".

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Entre os clientes da Defense estava o cabo da PM Luiz Antonio Jordão - que denunciou o esquema de escutas telefônicas clandestinas no Palácio Iguaçu. Apesar de fazerem trabalhos para Jordão, ambos afirmaram que não ter intimidade com o cabo.


Mas os deputados questionaram porque Fontoura tem em mãos uma recomendação da Defense feita pela Casa Militar do Paraná à Casa Militar de Roraima, informando oque a Defense seria uma empresa idônea para executar serviços de varredura. Fontoura disse que o documento deve ter sido feito com base na confiança que a Casa Militar do Paraná tinha nas pessoas responsáveis pela empresa.

Sobre o grampo detectado no telefone da ex-secretária de Administração Maria Elisa Paciornik, em outubro de 1999, Fontoura disse que a existência foi constatada, mas o caso foi encaminhado à PIC. Segundo ele, o grampo teria sido feito dentro da Telepar e se estenderia até um escritório de advocacia da Rua Colombo. Ele disse que não foram rastreadas as últimas pessoas que mexeram no sistema da Telepar. "Mais de duzentas pessoas têm acesso a isso".


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