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Empresário sai da cadeia e nega envolvimento com grampos

Redação - Folha do Paraná
09 mai 2001 às 16:11

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O empresário Naum Galperin foi liberado nesta madrugada da Delegacia de Araucária (Região Metropolitana de Curitiba), após passar quatro horas preso. Ele foi acusado de agiotagem e obstrução do trabalho da Justiça. Galperin estava prestando informações na CPI das Telecomunicações da Assembléia Legislativa quando foi preso.

A prisão temporária foi decretada pela Justiça de Araucária e revogada horas depois, nada tendo a ver com o depoimento na CPI. Revoltado, Galperin convocou a imprensa para uma entrevista e denunciou o empresário Ezídio Goerino - filho da proprietária da Ocidental Distribuidora de Petróleo - de tentar denegrir sua imagem.

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Os problemas com a Ocidental teriam iniciado em 1996, quando Galperin teria emprestado R$ 50 mil para Goerino. O dinheiro seria usado para que Goerino pagasse o proprietário de um posto de Areia Branca, chamado Leonal Liberato dos Santos, para assumir um desvio de 100 milhões de litros de óleo diesel da Petrobras. O dinheiro nunca teria sido devolvido.

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Para evitar pagar o que devia, Goerino teria aberto um processo contra o empresário por agiotagem em 1997. O processo corre por Araucária. Ele também abriu um processo para recuperar a Delta Distribuidora de Petróleo, dada como pagamento da dívida. "Ele viu que minha empresa cresceu e resolveu pegá-la de volta", afirmou o empresário, que também atuou no ramo da construção civil.


Grampos - Sobre os grampos, o empresário contou que em novembro do ano passado descobriu que estavam sendo feitos grampos clandestinos em sua casa e no seu escritório. Uma pessoa ligava pedindo R$ 30 mil para não entregar fitas comprometedoras para a CPI dos Combustíveis. Ele denunciou no Cope, que prendeu Paulo Sérgio Rodrigues.

Galperino teria ainda pedindo uma varredura nos seus telefones que teriam sido feitas pela Defense Consultoria e Segurança de Informações. "O cabo Jordão e o Jefferson me perguntaram se eu sabia quem era o autor do grampo e eu citei as pessoas que eu desconfiava. Citei a Ocidental também. Disse para eles que pagaria uma gratificação para quem descobrisse os responsáveis. Se eles foram os autores do grampo, eu desconhecia. Podem ter feito para me agradar ou para conseguir a gratificação", denunciou.


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