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Entidades querem sociedade na vigilância de abusos

Israel Reinstein - Folha do Paraná
03 mai 2001 às 10:25

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O resultado do julgamento foi considerado justo pelas entidades sociais que participram do evento. Para o representante da Federação Internacional de Direitos Humanos (Fian), o francês Xavier Papet-Lapine, era preciso que o governo do Estado fosse carimbado nacional e internacionalmente como um governo que não respeita os direitos humanos. "Os atos violentos precisam ser reprimidos e a sociedade é que deve ser a responsável em mostrar que há abusos", acrescentou o prêmio Nobel da Paz, o argentino Adolfo Pérez Esquivel.

Para Esquivel, o processo de demonstrar os "exageros" da política da gestão do Lerner não param. "Como na Praça de Maio, é preciso que mais gente se unam nesta luta, para trazer a verdade ao Paraná", afirmou a argentina Hebe de Bonafini, representante das Associações das Mães da Praça de Maio. Na avaliação do ativista Narciso Pires, do Movimento Nacional dos Direitos Humanos, os reflexos da sentença deverão provocar reações que vão forçar mudanças no governo estadual.

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No entanto, mais cético, um dos coordenadores nacional do Movimento Sem Terra, João Paulo Stédile. Para ele, é difícil que a política de reforma agrária estadual e nacional mudem em curto prazo. "Quem nasceu na ditadura, não sabe o que é um regime democrático. O governador vai cometer novos abusos", afirmou o deputado federal petista, Florisvaldo Fier, conhecido como Doutor Rosinha.

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Mas o sociólogo James Petras, da Universidade de Binghamton, Nova York (EUA), aposta na transformação. "A sociedade está passando um momento de transformação e os velhos costumes vão resistir à bala, mas vão ser superados. E o arquiteto do governo também será superado", disse.


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