A candidatura de José Serra ao Planalto está sob fogo intenso. Setores do PFL, PMDB e PSDB uniram-se, neste domingo, para exigir a renúncia do candidato tucano, divulgou hoje o Jornal do Brasil.
A crise foi detonada pela denúncia de que Ricardo Sérgio de Oliveira, tesoureiro de duas campanhas do ex-ministro da Saúde, teria pedido R$ 15 milhões a um empresário que disputava a privatização da Vale do Rio Doce, em 1997.
Na reportagem da revista "Veja" desta semana, o empresário Carlos Jereissati diz que contribuiu com R$ 2 milhões com a candidatura de Serra ao Senado, a pedido de Ricardo Sérgio. Só que, no Tribunal Superior Eleitoral, estariam registrados apenas R$ 95 mil de contribuições de empresas de Jereissati. O suposto "caixa 2" de Serra anima seus opositores do PFL, do PMDB e até de dentro do próprio PSDB a pedir sua renúncia.
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O governador do Ceará, Tasso Jereissati, e o presidente da Câmara, Aécio Neves, são apontados como opções a Serra. "A renúncia facilitaria uma recomposição", disse Jorge Bornhausen, presidente do PFL.
O procurador Luiz Francisco de Souza vai pedir a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico de Ricardo Sérgio. Um dos autores da denúncia de extorsão, o ministro da Educação, Paulo Renato, poderá pedir demissão esta semana.