As investigações sobre os parlamentares que não foram reeletios e estão envolvidos no esquema de venda superfaturada de ambulâncias, denominada Máfia das Sanguessugas, passarão à competência da Justiça comum a partir desta quinta-feira. Esses parlamentares deixarão de ter mandato e perderão o foro privilegiado. Até esta quarta, as investigações sobre eles estão no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na terça-feira, a Polícia Federal indiciou mais seis deputados acusados de envolvimento no esquema, segundo a Agência Brasil. Os deputados Lino Rossi (PP-MT), Enivaldo Ribeiro (PP-PB), Marcos Abramo (PP-SP), Ildeu Araújo (PP-SP), Gilberto Nascimento (PMDB-SP) e João Batista (PP-SP) foram indiciados por crimes de formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro.
Além desses deputados, 16 dos 118 parlamentares investigados já haviam sido indiciados na semana passada por envolvimento no esquema. Os indiciamentos são feitos pela força-tarefa montada pela PF para fazer as investigações.
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Todos os parlamentares investigados são acusados de envolvimento no esquema de venda superfaturada de ambulâncias com recursos de emendas ao orçamento, liderado pelo dono da Planam, Luiz Antônio Vedoin. O deputado Lino Rossi, por exemplo, foi apontado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas de ter iniciado o esquema no Congresso Nacional e de ter apresentado Vedoin a outros parlamentares.
Foro privilegiado - O foro privilegiado permite que políticos, no exercício de suas funções, sejam julgados e investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas, quando terminam seus mandatos, os processos voltam para a Justiça comum. O objetivo é que os parlamentares não fiquem sujeitos a políticas locais. Porém, na prática, acaba servindo de refúgio para políticos e administradores públicos que buscam a impunidade. (ABr)
Veja quais são os parlamentares indiciados pela PF até agora:
Celcita Pinheiro (PFL-MT)
Lino Rossi (PP-MT)
Enivaldo Ribeiro (PP-PB)
Marcos Abramo (PP-SP)
Ildeu Araújo (PP-SP)
Gilberto Nascimento (PMDB-SP)
João Batista (PP-SP)
Jonival Lucas (PTB-BA)
Reginaldo Germano (PP-BA)
Neuton Lima (PTB-SP)
João Grandão (PT-MS)
César Bandeira (s.partido - MA)
Almeida de Jesus (PR-CE)
João Correia (PMDB-AC)
Júnior Betão (PR-AC)
Edna Macedo (PTB-SP)
Amauri Gasques (PR-SP)
Tetê Bezerra (PMDB-MT)
Vanderlei Assis (PP-SP)
Paulo Feijó (PSDB-RJ)
Nilton Capixaba (PTB-RO)
Ney Suassuna (PMDB-PB) (senador)