O advogado Fidelis Canguçu Rodrigues Junior, que atuou como procurador jurídico da prefeitura de Londrina durante a gestão do ex-prefeito Barbosa Neto, terá que devolver aos cofres municipais despesas com viagens no ano de 2011.
Os gastos de R$ 2.193,48 não tiveram as contas prestadas. A controladoria-geral do município tentou notificar Canguçu em diversas oportunidades, mas não conseguiu encontrá-lo.
Com o ofício publicado no diário do município, o ex-procurador tem três dias para devolver o recurso, prazo que vence na quinta-feira (10). "Caso ele não faça esse ressarcimento, será inscrito em dívida ativa e pode sofrer execução fiscal", afirmou o controlador-geral Helcio dos Santos.
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O valor de R$ 2,1 mil refere-se a cinco notas de empenho emitidas pela prefeitura. Os gastos teriam sido feitos em despesas de estadia e alimentação.
Canguçu foi um dos indiciados pelo Ministério Público na Operação Antissepsia. Ele foi preso em maio de 2011 acusado de participação em irregularidades em contratos firmados entre a prefeitura de Londrina e os institutos Gálatas e Atlântico, que teriam resultado em desvio milionário na área da saúde.
O ex-procurador ficou por quase dois meses detido em uma sala do 5º Batalhão da Polícia Militar, e negou todas as acusações ao deixar o local. A ação de improbidade administrativa que envolve Canguçu e outras 13 pessoas segue em tramitação no Tribunal de Justiça do Paraná.
A reportagem tentou contato com o ex-procurador, mas não obteve retorno.