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Vinte anos do Plano Real

FHC e Aécio atacam política econômica e defendem 'renovação'

Agência Estado
25 fev 2014 às 14:25

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Na solenidade dos 20 anos do Plano Real, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves (MG) o usaram a tribuna do Senado, nesta terça-feira, 25, para fazer ataques à política econômica do atual governo. Em tom eleitoral, os discursos dos tucanos defenderam mudanças na economia e a necessidade de "renovação".

Em um discurso bastante aplaudido no final, Fernando Henrique afirmou que o atual governo vive com os "olhos no passado". Para ele, o País vem perdendo o momento da "fartura de capitais". FHC voltou a afirmar que "chegou a hora de darmos novos passos" e defendeu a necessidade de "renovação" na democracia. "É preciso ter coragem para dizer as coisas, sem agressividade, mas com clareza: já está passando da hora, há momentos em que é preciso renovar", afirmou.

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Ao descrever a trajetória de implantação do Plano Real, o ex-presidente disse que precisou reconstruir a credibilidade junto aos credores. "O Plano Real foi trabalho duro de reconstrução das instituições". Segundo ele, o processo foi demorado e "difícil".

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Ele criticou indiretamente a presidente Dilma Rousseff, recorrente alvo de queixas de empresários e investidores, ao dizer que "um líder que não desperta confiança não é líder". "Um líder democrático convence, explica, ouve; tem que ter humildade para ouvir", afirmou. "É hora de abrir o coração e dizer a verdade ao País", completou.

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Aécio Neves, provável candidato do PSDB à Presidência, afirmou que atualmente o Brasil é visto com desconfiança pela comunidade internacional e que é preciso derrotar nas urnas as mentiras e os "pactos de conveniência". "Se já realizamos esta transformação uma vez, quando tudo parecia impossível, seremos possível fazer isso mais uma vez em favor do povo brasileiro", disse o senador.


Segundo o tucano, "formulações ideológicas interferem no ambiente econômico" e, nos últimos tempos, vem crescendo a "hostilidade" entre o governo e o setor privado. "Sucumbe o BNDES e humilha-se a Petrobrás", afirmou, em pronunciamento.

Para ele, o Brasil se tornou um país onde é mais caro produzir. "É forçoso registrar que, quem suceder o atual governo, governará em tempos difíceis", concluiu. O tucano defendeu que o próximo governo recupere a capacidade de regulação do Estado nacional.


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