O regime de turno único adotado pelo governo do Estado desde o dia 1º de fevereiro gerou economia de 37% aos cofres públicos, ou R$ 2 milhões todos os meses. Foram reduzidas despesas com energia elétrica, água e telefonia móvel e fixa. O cálculo - fechado pelos técnicos da Secretaria de Administração - confirma a projeção inicial do secretário Ricardo Smijtink, de alcançar economia de R$ 20 milhões ao ano com o novo expediente, das 12h30 às 19 horas nos setores administrativos.
Os técnicos compararam o mês de fevereiro deste ano ao consumo médio mensal das três despesas de custeio no ano passado. Enquanto a média mensal dos gastos com água em 2000 foi de R$ 1,6 milhão, em fevereiro a despesa caiu para R$ 500 mil - três vezes menor. Já no consumo de energia elétrica, o gasto caiu de R$ 2 milhões para R$ 1,7 milhão, contabilizados na mesma base de comparação. Com os telefones fixos e celulares, a cifra caiu de R$ 1,6 milhão para R$ 1,2 milhão.
O Palácio Iguaçu comemora o resultado que, segundo Smijtink, pode ser considerado superior aos R$ 2 milhões mensais. "Consideramos apenas três despesas de custeio. Não foram somados itens como combustível e uso de copiadoras, o que aumenta o valor", explicou. O pagamento das despesas de custeio está centralizado na Secretaria da Administração.
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Para equacionar a situação do caixa - que envolve um déficit previdenciário mensal de R$ 90 milhões e o compromisso de arcar com uma folha de pagamento de R$ 260 milhões todos os meses - o governo criou no início do ano o Conselho Estadual de Modernização e Otimização da Gestão Pública, encarregado de monitorar e racionalizar a estrutura administrativa e continuar o enxugamento das despesas.
O secretário da Fazenda, Ingo Hubert, sustenta que o Estado tem dinheiro para pagar suas contas, incluindo a folha de pagamentos. Segundo ele, a dificuldade está em fazer novos investimentos. Hubert disse que, entre janeiro e fevereiro, o governo já pagou mais de sete mil contas. A arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no ano passado foi de R$ 4,5 bilhões.
Leia mais em reportagem de Maria Duarte, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quarta-feira