A bancada governista fez valer a maioria nesta segunda-feira, derrubando requerimento da oposição que pedia a suspensão do processo de privatização enquanto não fosse votado o projeto popular. O resultado pode ser considerado como termômetro da votação de hoje. O requerimento foi reprovado por 26 deputados governistas, contra 24 da oposição.
Nos bastidores, os comentários extra-oficiais davam conta que na votação desta terça-feira haverá uma ausência, 22 ou 23 votos dos oposicionistas e o restante dos governistas, que conseguiriam derrubar a matéria. A oposição contesta, sustentando que tem em tese 29 votos - mesmo número que a liderança do governo calcula ter. Caso os 54 parlamentares estejam no plenário, são necessários 28 votos para aprovar ou derrubar o projeto. A oposição não descarta a possibilidade de solicitar votação nominal hoje, para controlar com mais precisão os votos dos parlamentares. A votação, a princípio, deve ser aberta.
O projeto popular já recebeu pareceres favoráveis da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e da Comissão de Finanças. Foi encaminhado ao Legislativo com 120,9 mil assinaturas (cerca de 2% do eleitorado paranaense, o dobro do mínimo exigido) no dia 11 de junho pelo Fórum Popular Contra a Venda da Copel e políticos de oposição. O presidente da Casa, Hermas Brandão (PTB), se comprometeu a votar a matéria antes do dia 15 deste mês. A oposição tentou adiar a data, mas não conseguiu.
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O leilão de privatização está marcado para o dia 31 de outubro. O preço mínimo deverá ser divulgado no próximo dia 24.
As galerias da Assembléia foram ocupadas por integrantes do Fórum Popular Contra a Venda da Copel, que levaram faixas e cartazes condenando a venda da empresa de energia.