O corregedor da Polícia Civil, delegado Adauto Abreu de Oliveira, disse que os delegados e investigadores da Polícia Civil que receberam dinheiro do HSBC vão ter o sigilo bancário quebrado e estão ameaçados de demissão. Adauto não acredita na tese de que o dinheiro foi usado na compra de equipamentos para a Polícia Civil. "O delegado, pessoa física, está proibido de receber dinheiro. Isso é falta grave punida com demissão", declarou.
Sempre que uma empresa deseja ajudar a polícia, segundo o corregedor, o benefício deve vir em forma de bens registrados em nome da delegacia ou da própria corporação. "Quando eu era o delegado-chefe da Dinarc (Divisão de Narcóticos), o próprio HSBC fez uma doação de 20 computadores para a delegacia", disse.
Caso os delegados quisessem prestar serviços de "assessoria de segurança", como está registrado nos recibos emitidos pelo banco, eles deveriam ter feito isso de graça, segundo Adauto. "Recebeu dinheiro é altamente suspeito."
Leia mais:
Deputados paranaenses confirmam emendas para o Teatro Municipal de Londrina
Bolsonaro é plano A, posso ser o plano B, diz Eduardo sobre eleição de 2026
Comissão de Constituição e Justiça aprova projeto que transforma Detran em autarquia
Plano de precatórios garante economia milionária para Londrina
As cópias dos Recibos de Pagamento a Autônomos (RPAs) emitidos pelo HSBC aos delegados e investigadores são provas importantes para desvendar o esquema. "Tem delegado que recebeu mais de uma vez. As RPAs são provas e todos serão formalmente indiciados e acusados em processos administrativos."
Leia mais sobre o assunto na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira