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Grampos: Deputados criticam comissão especial

Redação - Folha do Paraná
03 mai 2001 às 19:03

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A criação de uma Comissão Especial de Investigação (CEI) do Palácio Iguaçu para investigar as denúncias de escutas telefônicas ilegais dentro do governo do Estado caiu como uma bomba na Assembléia Legislativa. Os deputados criticaram o que classificam como uma manobra do governador Jaime Lerner (PFL) com o objetivo de esvaziar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia, instalada pela Assembléia - composta por uma maioria oposicionista.

"É um desrespeito com o Legislativo. Primeiro eles (governo) queriam impedir que investigássemos os grampos. Agora resolveram mascarar o trabalho da CPI. E ainda por cima estão usando órgãos que têm credibilidade para encobrir esse descalabro", atacou Augustinho Zucchi (PSDB), referindo-se ao Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, à própria Assembléia e outras entidades que formarão a CEI palaciana.

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Zucchi lembrou que representantes do MP já estão participando das apurações da CPI. O comentário do tucano foi endossado pela petista Luciana Rafagnin e pelo corregedor da Casa, Caíto Quintana (PMDB).

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As críticas mais contundentes, porém, vieram do presidente da CPI, Tony Garcia (PPB). "O governo não tem isenção para conduzir essas apurações. É mais uma atitude desnecessária do governador. Essa comissão já nasceu morta e a Assembléia não tinha que indicar ninguém", disparou. Garcia disse que é a CPI que tem isenção, por ser suprapartidária. "Seremos totalmente responsáveis com nossas investigações".

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O líder dos partidos de oposição, Waldyr Pugliesi (PMDB), disse que o governo está tentando "colocar panos quentes" e também suspeita da isenção da comissão. O secretário de governo, José Cid Campêlo Filho, garantiu que as apurações serão isentas porque a CEI é formada por diversas entidades e não apenas representantes do primeiro escalão.


O líder do governo, Durval Amaral (PFL) saiu em defesa do Palácio Iguaçu mas admitiu que a CEI foi criada tardiamente (duas semanas depois das denúncias). "O caso tem que ser investigado pela polícia, mas o governo agiu de forma correta instalando a CEI", avaliou.

Leia mais em reportagem de Maria Duarte, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta sexta-feira


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