A documentação entregue pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba à CPI da Telefonia sugere que o HSBC tinha uma eficiente rede de monitoramento dos diretores do Sindicato dos Bancários. O dossiê exibe até cópias das fichas de identidade que ficam guardadas no Instituto de Identificação, órgão da Polícia Civil responsável pela confecção e registro das carteiras de identidades.
Os dados pessoais dos sindicalistas teriam sido conseguidos pelo ex-sargento Jorge Luis Martins. Os deputados da CPI da Telefonia receberam também fotografias de manifestações organizadas pelo sindicato em Curitiba.
Os relatórios de espionagem produzidos por Martins serviam para que a direção do banco pudesse saber com antecedência quem os criticava, além de agilizar estratégias para contestar o sindicato tanto na imprensa como na Justiça, se fosse necessário.
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A CPI recebeu ainda uma relação de Recibos de Pagamento a Autônomos (RPAs) onde constam o nome de vários delegados de polícia, policiais civis e militares contratados para realizar serviços de "assessoria de segurança" para o HSBC. Os valores pagos aos policiais variavam de R$ 500,00 a R$ 3 mil.