O deputado federal Gustavo Fruet (PSDB-PR) criticou a decisão tomada na manhã desta segunda-feira (24) pela executiva estadual do PSDB, de fazer aliança com o PP e ceder uma das vagas de candidato ao Senado ao deputado Ricardo Barros, ex-lider do governo Lula na Câmara. Para Fruet, falta ao acordo uma base mínima de afinidade política e programática.
O deputado disse que, como filiado ao partido, admite discutir alternativas que favoreçam o objetivo maior: a eleição de Beto Richa para o governo do Paraná e de José Serra para a presidência da República. "Mas para isso é necessário ter um mínimo de afinidade. Nesse caso, alegou-se a necessidade de privilegiar o projeto maior, mas cabe perguntar: afinal, o discurso do PP é de oposição ou de continuidade?", questionou.
Fruet lembrou que só admitiu sua pré-candidatura ao Senado após um convite do então prefeito Beto Richa: "Tenho reafirmado minha disposição de disputar o Senado, mas isso só tem sentido de houver compromisso dos candidatos ao governo e à presidência da República que, caso eleito, vai precisar de maioria no Congresso e de uma base confiável para construir a governabilidade".
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Gustavo Fruet foi um dos cinco integrantes da executiva que votaram contra o acordo com o PP, que ainda será objeto de discussão na convenção estadual do PSDB, em junho. Também votaram contra o senador Flávio Arns e os deputados Luiz Carlos Hauly, Alfredo Kaefer e Luiz Nishimori. Votaram a favor da aliança 14 integrantes. Segundo Fruet, a única unanimidade na executiva do PSDB é o apoio a um acordo com o senador Osmar Dias (PDT), para que este seja candidato ao Senado pela coligação.