O governador Beto Richa (PSDB) voltou a apontar que braços sindicais do PT estão por trás das manifestações dos servidores no Paraná. Em entrevista ao programa "Os Pingos nos Is", da Rádio Jovem Pan, Richa classificou a mobilização como "jogo político, sórdido e inescrupuloso".
"APP, a CUT, que são braços sindicais do PT e os baderneiros que se sentiam à vontade na manifestação. Todos que queriam provocar o confronto. Mais uma vez, a intenção de todos eles era invadir a Assembleia e proibir a votação do projeto", argumentou o governador.
"Estes 'líderes' venderam de forma maldosa e irresponsável uma ideia para os professores e para a sociedade que o projeto visava retirar os direitos dos servidores. Quem ouve uma coisa dessas, fica furioso. Mas isso não é verdade. Isso não faz o menor sentido. O que eles queriam era impedir a votação", acrescentou.
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Beto Richa justificou o intenso cerco policial como medida para cumprir uma determinação judicial e garantir a segurança dos deputados estaduais. O governador evitou falar em excesso policial e novamente culpou pessoas infiltradas pela ação que terminou com cerca de 200 manifestantes feridos.
"Temos várias imagens mostrando pessoas articulando como invadir a Assembleia e agredir os policiais. Várias cenas mostram claramente pessoas mascaradas partindo para cima dos policiais". O tucano ainda estabeleceu uma comparação. "Os movimentos de 15 de março e 12 de abril foram movimentos pacíficos de pessoas no Brasil inteiro. Movimento de famílias e vários níveis sociais. Nós não vimos esses baderneiros porque eles não se sentiam à vontade ou não era convocados para estarem lá".
Richa disse ao "Os Pingos nos Is", comandado pelo jornalista Reinaldo Azevedo, que a entrevista serviu "para esclarecer de fato ao Brasil sobre o que o ocorre no Paraná". O governador disse que o sistema previdenciário do Estado é exemplo para o País e que as mudanças não irão trazer prejuízo aos servidores. "A greve não tem a menor justificativa", enfatizou. O tucano criticou o Governo Federal que, para ele, "deveria se espelhar no Paraná" na questão previdenciária. "Sabíamos que essa manifestação seria usada para desviar o foco dos problemas que o Governo Federal enfrenta", finalizou.
Ouça aqui a íntegra da entrevista